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Como surgiu o PIX?

Entenda como surgiu o PIX e as consequências desta tecnologia.

Uma parceria com

“Ah, faz um PIX!” 

Como as transformações do sistema bancário ao longo da história possibilitaram o lançamento do nosso novo, mas já tão querido, PIX.

No início da história da humanidade como conhecemos hoje as preocupações referentes à segurança e abrigo inegavelmente eram mais importantes do que a preocupação em armazenar valores. Já com o passar do tempo, o homem primitivo, que lutava para se proteger das ameaças de um ambiente completamente hostil bem como para evitar o frio e a fome, começou a se agrupar, formar civilizações, realizar trocas e dar início à vida em sociedade que evoluiu para o que conhecemos hoje.

Assim, diversos modelos de representação de valores foram sendo criados com o tempo. Incialmente, a maior parte das negociações eram realizadas através de trocas de diferentes bens, o famoso “escambo”. Já por volta do século VII A.C., os valores começaram a ser representados em objetos como o que conhecemos hoje como moeda, que se valoriza de acordo com seu material, normalmente ouro ou prata.

Com o desenvolvimento dessa dinâmica e em razão da necessidade de acumular e armazenar esses bens, tivemos então a origem dos bancos, que eram basicamente negociantes de ouro e prata possuidores de cofres e guardas capazes de proteger os valores, emitindo então recibos das quantias guardadas, sendo mais fácil de transportar do que os valores em si.

Na história mais recente, as moedas, produzidas dos mais diferentes metais, deram lugar às cédulas de papel e, ainda mais recentemente, aos conhecidos cartões de plástico, que hoje possuem as mais diferentes cores e designs. Hoje, muitas das carteiras inclusive são desenvolvidas para serem não mais do que porta-cartões.

Tudo isso se dá no contexto de um desenvolvimento tecnológico exponencial que proporciona possibilidades antes sequer imagináveis. Há não muito tempo atrás vimos, inclusive, o crescimento das famosas fintechs e dos bancos digitais, que vêm impondo transformações substanciais no mercado bancário.

Assim, com o desenvolvimento tecnológico e a sua inserção cada vez mais acentuada do mercado bancário, faz sentido que sejam desenvolvidas estratégias tecnológicas capazes de facilitar e otimizar a vida quotidiana do cidadão no que diz respeito às transações financeiras.

O desenvolvimento de tecnologias que realizem a integração e a concentração dos meios de pagamento em um único dispositivo, por exemplo, permite a facilitação das transações.

Ao desburocratizar e baratear os custos das transações financeiras, os indivíduos acabam por ser estimulados a realizar trocas financeiras em razão da redução de amarras que antes a dificultavam. Desde a época dos boletos, era natural ver situações em que os consumidores tinham o acesso ao bem adquirido postergado por razões burocráticas relacionadas ao pagamento do item.

Transações que antes levariam dias para serem concretizadas hoje podem ser feitas instantaneamente e sem custos, sendo essa possibilidade sedimentada através da implementação do nosso querido PIX. Quem nunca ouviu a frase “Ah, faz um pix”?

Se antes a expansão da viabilidade de que pequenos negócios pudessem desfrutar de pagamentos através de cartões de débito e crédito facilitou o recebimento de pagamento e expandiu consideravelmente os horizontes de diversos empreendimentos, o PIX amplificou ainda mais esse cenário.

Com inspiração na ferramenta chama Zelle, que consiste em um serviço de envio e recebimento de dinheiro por meio do banco ou instituição financeira do titular através da indicação de um endereço de e-mail ou número de telefone no lugar de dados bancários, o Banco Central Brasileiro já indicava a intenção de desenvolver um sistema similar, ainda em 2016.

Segundo o criador da novidade, esse método de pagamento teria o potencial de:

  • alavancar a competitividade e a eficiência do mercado;
  • baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes;
  • incentivar a eletronização do mercado de pagamentos de varejo;
  • promover a inclusão financeira; e
  • preencher uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de pagamentos disponíveis atualmente à população.

A principal diferença dessa modalidade de pagamento para as demais é de que as transferências tradicionais no Brasil ocorrem entre contas da mesma instituição (transferência simples) ou entre contas de instituições diferentes (TED e DOC). Através do PIX, não é necessário saber onde a outra possui uma conta bancária tendo em vista que a transferência é realizada através de uma chave vinculada à conta bancária. Além disso, o PIX funciona 24 horas, 7 dias por semana, entre quaisquer bancos e com a transação sendo realizada em poucos segundos, o que possibilita que as trocas se deem de forma mais ágil, rápida e dinâmica.

Como nem tudo são flores, diversas questões de segurança começaram a ser questionadas após o crescimento de golpes bancários que envolvem a dinâmica de funcionamento do PIX, o que vem inclusive motivando campanhas publicitárias e estimulando uma cultura de proteção de dados e de prevenção de golpes.

O desenvolvimento dessa tecnologia deve, portanto, ser entendido como mais um passo em direção à um mundo cada vez mais tecnológico e integrado, o que se alinha com o movimento de Open Banking e de melhoria das condições de uso do sistema bancário por parte dos cidadãos.

Se você quer aprender mais sobre as mudanças que o setor bancário vem sofrendo com alguns dos professores mais preparados do mercado, não pode deixar de conferir o curso Banking 4.0, que abordará alguns dos principais temas atuais como os principais aspectos legais e regulatórios das atividades de crédito e de pagamento bem como as recentes iniciativas regulatórias (Open Banking, PIX, Sandbox, etc...)!

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Autores

Rodrigo Fatudo
Customer Sucess Operator no Sem Processo, Advogado e entusiasta da Quarta Revolução Industrial.